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terça-feira, 9 de abril de 2013

Devil May Cry, uma péssima ideia de reboot ou aposta arriscada ?


A Capcom fez uma aposta bem arriscada ao contratar uma empresa de resultados medianos para renovar uma série cujo próprio sucesso já era um mistério. O resultado foi bem desastroso (ao menos no que diz respeito às vendas, já que a crítica adorou!). A pergunta que fica: Devil May Cry precisava mesmo de um reboot?

  Origens da Série


Quando a Capcom começou os trabalhos para o Playstation 2, a ideia de Devil May Cry era ser um spin-off de Resident Evil. Ao longo do desenvolvimento, Hideki Kamiya, o criador da série, viu que tanto o lore quanto o gameplay tinham potencial pra ser algo totalmente novo, dando origem ao gênero de stylish action. A série começou muito bem pois conseguiu aliar um ótimo gameplay a um personagem bem interessante – debochado e engraçado – além de uma trilha sonora fantástica. Foi sucesso instantâneo, e mesmo que a série tenha se perdido um pouco em DmC2, as mudanças de direção e arte fizeram com que DmC3 fosse um clássico daqueles difíceis de esquecer. Foram inúmeras melhorias, como os vários estilos de jogo disponíveis, um Dante bem mais novo e selvagem que podia deslizar sobre os inimigos e um antagonista badass que acrescentava horas de gameplay com sua própria storyline.

 Estréia na Atual Geração de Consoles

 Devil May Cry 4 foi uma ótima estréia da série nos então novos Xbox360 e Playstation 3. Porém, mesmo o jogo tendo sido um sucesso de vendas e críticas, ele não ficou isento de problemas. A Capcom teve muita dificuldade na transição para as novas plataformas. O novo protagonista, Nero, foi uma ótima adição à série com a mecânica da Devil Bringer. Após a metade do jogo (ponto a partir do qual você joga com Dante), porém, acontece uma reciclagem de fases e chefes previamente enfrentados, o que passa a impressão de que a Capcom apressou o lançamento do jogo para que ele fosse um dos primeiros grandes hits comerciais da geração.
                           

Ninja theory e a identidade perdida

A Capcom mostrou um teaser em 2010 do que seriam os novos rumos da série. Foi mostrado um Dante com visual punk, e sem os tradicionais cabelos brancos. Pouco tempo depois veio o anúncio de que se tratava de um reboot. As reações foram bem negativas, e quanto mais a Capcom levava o projeto em diante, mais fãs revoltados apareciam

                           

 O resultado final, como era de se imaginar, foi bem decepcionante, a começar por Dante. O protagonista, como seu novo visual, tornou-se revoltado e possui falas extremamente forçadas; a jogabilidade, outrora um hack’n'slash estimulante e desafiador, foi reduzida a um button masher que recompensa o jogador por qualquer sequência de golpes sem inspiração, o que pareceu uma simplificação proposital, mas trai as origens da franquia. Mas todos esses problemas são superficiais se comparados à história do jogo: ficou muito evidente o esforço da Ninja Theory de atualizar o contexto de Devil May Cry, com referências a Anonymous, ataques à Fox News e refrigerantes que alienam – todo aquele blablablá que já aguentamos dia após dia nas redes sociais e nada tem a ver com um caçador de demônios badass vivendo em um mundo pós apocalíptico.

 Apesar de tudo, vários sites e revistas misteriosamente aclamaram o jogo, afirmando que tratava-se de uma revitalização do já ultrapassado modelo japonês com a ocidentalização da franquia. Independente disso, o novo Dante não emplacou e o novo Devil May Cry já é considerado a interação menos vendida da série, com menos de um terço das vendas de Devil May Cry 4.

 E agora?

 Desde o lançamento do reboot, a Capcom nao se pronunciou mais a respeito do futuro da franquia. O futuro do caçador de demônios é bem incerto, mas é improvável que a franquia continue nas mãos da Ninja Theory depois do desastre que foi essa iteração. Há rumores que apontam para um hiato da série, como acontece com diversas outras franquias da empresa. Como provavelmente não teremos novidades sobre Devil May Cry em breve, o que resta aos fãs da franquia (e novos jogadores) é Devil May Cry: HD Collection – uma remasterização em HD dos três primeiros títulos da série. A coletânea foi lançada em março do ano passado, tanto para Xbox360 como para Playstation 3 e pode ser encontrada por preços bem razoáveis. Vale a pena conferir.

                          
 Enquanto isso, vamos torcendo para que a série volte às suas origens, os realmente fãs da série ainda esperam por um verdadeiros DEVIL MAY CRY 5.

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